27 de janeiro de 2021
A derrogação das normas de origem só será vencida quando os estudos sobre o sector das pescas saírem das gavetas e o Estado de Cabo Verde passar a investir na armação nacional. A afirmação é do presidente da Associação dos Armadores de Pesca de Cabo Verde, APESC.
João de Deus Lima Júnior, em entrevista a RCV, diz que há doze anos que a derrogação vem sendo pedida e o atraso deste ano pode ser lido como uma advertência da União Europeia ao nosso sector das pescas.
A derrogação temporária das normas de origem é solicitada porque os armadores nacionais não têm capacidade para fornecer o pescado que a indústria nacional precisa para operar ao longo do ano, nomeadamente, cavala e atum, tendo a empresa Frescomar que comprar essas espécies noutras procedências, exportando depois como conserva cabo-verdiana para a União Europeia, situação que os armadores compreendem, mas esperam ver ultrapassada.
É preciso passar dos estudos à prática, diz o presidente da APESC, João de Deus Lima Júnior.
A APESC deseja que a derrogação para este ano seja concedida o quanto antes e admite a hipótese de a União Europeia deixar a melva para a armação nacional.
Conforme o Governo, o pedido de derrogação para 2021 foi feito em Março de 2020 e continua à espera da resposta da União Europeia, mantendo contactos com a Embaixada da União Europeia em Cabo Verde e com a nossa embaixada em Bruxelas.
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